Santo Agostinho disse certa vez que o maior erro que alguém poderia cometer seria privatizar a verdade, pois poderia se ver privado dela. A verdade é absoluta e como tudo que é absoluto, só pertence a Deus e como bem ensinou o grande teólogo suíço Karl Barth, "Só Deus pode falar de Deus". Então como chegarmos à Verdade?

     Tomás de Aquino ensinou que o caminho para chegarmos a Deus é através da Fé e não da ciência, pois a mesma é pragmática e a fé é programática. Só chegamos à Verdade através do Deus Revelatus, e a Revelação de Deus é Cristo, portanto conhecer a Verdade é conhecer Cristo e através d'Ele chegarmos a Deus.

     Mas o caminho para a Verdade não é simples. Ele exige de todo aquele que o busca uma ética baseada em uma conduta diferenciada do viver secular pois é pautada pelas Escrituras. Como disse Lutero: "Manter-se Santo em meio a uma geração corrompida". Ser diferente, pois a busca pela verdade exige isso, comprometimento total com ela, é um caminho de cruz, de negação e até de morte.

     É liberta-se do pensamento cartesiano de Descartes "Cogito ergo sum" (penso, logo existo) e abraçar o que disse Sören Kierkegaard "luto, logo sou", pois é isso que é o viver.

     A busca pela Verdade é uma luta constante em fazer escolhas o que resulta uma vivência de angústia, como definiu o filósofo dinamarqês Kierkegaard. Será que estamos prontos para alcançarmos a Verdade?  Acredito que não, pois como disse a Bíblia ainda não foi terminado em nós o que Cristo começou.

     O que não impede porém de a desejarmos e buscarmos com afinco e perseverança, sabendo que enquanto estivermos aqui só obteremos parcelas da Verdade e que a Palavra Absoluta sobre a mesma ainda é as Escrituras como nos ensinou o próprio Mestre dos mestres: "A tua Palavra é a verdade”!